Pontos de Pretos Velhos

 

Ponto de Pai Malaquias

Vamos saudar de coração,

Pai Malaquias que vem no terreiro pra cumprir sua missão (bis)

Vem pra saudar os Orixás e fazer sua tarimba em nome de mãe Iemanjá. (bis)

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Pai Juvêncio

Oh sarava Meu Pai Oxalá (bis),

Sarava meu Pai Juvêncio no terreiro de Iemanjá (bis),

Nego velho vem de Aruanda (bis),

Sempre com muita humildade, alegria lhe conduz,

Vem curar filhos de fé no Centro Estrela de Luz.

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Pai Cipriano

Raio de luz que ilumina a terra; raio de luz que vem de Aruanda,

Raio de luz do Pai Cipriano clareia os caminhos dos filhos de Umbanda (bis),

A sua luz ilumina o terreiro, a sua luz ilumina o Congá,

A sua luz vem de Aruanda, traz a paz de Zambi e de Pai Oxalá (bis).

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Pai Pedro

A lua já apareceu no céu,

No terreiro o trabalho vai começar.

Pra receber o Pai Pedro de Aruanda,

A curimba está tocando sem parar.

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Ponto de Pai Josué

Pai do céu, Jesus Cristo me mandou aqui outra vez,

Pra saudar filhos aflitos e curar seu padecer

Vai curar Pai Josué em nome de Oxalá,

Saravando Pai Ogum e Nossa Mãe Iemanjá

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Pai Mané

Pai Mané chegou! Vamos sarava (bis)!

Pai Mané tarimba pra nos auxiliar,

Ele vem do espaço, do Reino do Senhor,

Trazer-nos a paz, paz e amor (bis).

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Congo, Rei Congo, cadê Preto Velho, vamos sarava o terreiro de Congo (bis)!

            Bate que bate, a curimba bateu, Nego Z’ véio aqui apareceu (bis).

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Olha Meu São Benedito, ô Babá,

Olha ele vem de Banto, ô Babá (bis)

Cadê meu caçulé, ele está no Sapungá,

Ora viva Meu são Benedito,

Que vem, vem no seu Jacutá!

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São Benedito que manda nos pretos velhos,

São Benedito mandou Rei Congo abaixar (bis),

Auê Meu Pai, auê Meu Pai, peço licença, deixa o velho trabalhar (bis).

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Quem pisa na linha de Congo, é de Congo, é de Congo aruê,

Quem pisa na linha de Congo agora que eu quero ver,

Salve Congo, salve Rei Congo, salve o povo de Iansã,

Salve São Jorge Guerreiro, salve São Sebastião,

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O galo bateu asa e cantou, na hora que o preto velho chegou (bis)

Se esse galo não cantasse, muita gente não sabia,

Preto velho aqui chegava antes do romper do dia (bis)

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Cambono me dá a pemba que nego velho quer tarimbar (bis)

Em nome de Zambi, em nome de Mãe Iemanjá (bis)

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Lá na Aruanda tem um velho que não caminha (bis)

É devagar, é devagarinho,

Quem anda com preto velho nunca fica no caminho (bis)

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Atirei uma pedra no mato e o mato estremeceu,

Quem mexe com filhos de fé, mexe com filhos de Deus (bis)

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Ninguém ouviu um soluçar de dor num canto do Brasil,

Um lamento triste sempre ecoou,

Desde que o índio guerreiro foi pro cativeiro e de lá cantou.

Negro entoou um canto de revolta pelos ares,

No Quilombo dos Palmares onde se refugiou,

Fora a luta dos Inconfidentes pela quebra das correntes,

Nada adiantou!

E de guerra em paz, de paz em guerra,

Todo povo desta terra, quando pode cantar,

Canta de dor!

Ô, ô, ô, ô, ô, ô; Ô, ô, ô, ô, ô, ô,

Ô, ô, ô, ô, ô, ô; Ô, ô, ô, ô, ô, ô,

E ecoa noite e dia, é ensurdecedor!

Aí, mas que agonia o canto do trabalhador,

Esse canto que devia ser um canto de alegria,

Soa apenas como um soluçar de dor!

Ô, ô, ô, ô, ô, ô; Ô, ô, ô, ô, ô, ô,

Ô, ô, ô, ô, ô, ô; Ô, ô, ô, ô, ô, ô,

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Eh Jureme, eh Jurema, sua folha caiu serena, oi Jurema,

Dentro desse Conga (bis).

Eu vi São Jorge na lua, Xangô na pedreira,

Oxóssi na mata virgem e Mamãe Oxum na cachoeira.

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É Nagô é, é Nagô é, é Nagô é (bis),

Se ele é filho de Nagô, o seu padrinho é São José (bis)

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Xangô rolou a pedra na pedreira,

No mar se estende o manto de Iemanjá,

Mamãe Oxum cantou na cachoeira,

Filhos de espadas de Ogum a batalhar.

Ogum Megê, Ogum Beira-Mar,

Vem de Aruanda pra seus filhos abençoar (bis).

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Lé lé lé lé lé ô Rei do Congo chegou, Rei do Congo, lê, lê, ô (bis).

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Nagô velho chegou aqui, Nagô velho chegou do mar (bis)

Nagô velho traz a canoa, Nagô velho!

Que eu vou remar, Pai Nagô velho (bis)

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Salve a Umbanda, salve a Umbanda, Salve a linha de Nagô (bis)

Saravá meu Pai Xangô, salve os guias protetores

Salve, salve a nossa Umbanda, salve a nossa união, ô, ô, ô...

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Preto na senzala bateu sua caixa deu viva, Iaiá,

Preto na senzala bateu sua caixa deu viva, Ioiô,

Viva Iaiá, viva Ioiô viva Nossa Senhora, cativeiro acabou! (bis)

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Preto velho tarimba no ponto, tarimba no ponto sem parar,

Quebra demanda no terreiro, terreiro que é de mãe Iemanjá

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Oh não mexo comigo que eu ponho seu nome lá no meu terreiro,

Eu sou macumbeiro, le lê, eu sou macumbeiro (bis),

O meu santo é forte, é negro do norte que só faz o bem,

Não quer maltratar, afastar ninguém,

Remédio encantado Mãe Santa me deu,

Oh não mexe comigo, não fique zombando, dizendo que é papo

Eu ponho seu nome na boca do sapo

E você nunca mais vai zombar de ninguém, le lê.

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Quando os caboclos trazem as folhas da Jurema,

E o preto velho traz arruda e guiné,

Eles vêm trabalhar na lei da Umbanda,

Tem licença de Aruanda pra salvar a quem tem fé (bis),

O sabiá canta alegre na palmeira,

E Xangô lá na pedreira, os meus filhos vai chamar,

Meu Pai Ogum empunhando a sua espada,

Manda um toque de alvorada, toda linha vai chegar (bis).

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O lê lê, Meu Deus do Céu, que alegria,

O preto velho não carrega soberbia,

Meu Deus do Céu isso aqui eu preferia,

A estrela d’alva no ponto do meio dia (bis)

Eu vou plantar nesse quintal pé de pinheiro,

Pra mostrar como se quebra macumbeiro (bis)

Galo penacho bota macho na campana

Neste terreiro preto velho não apanha (bis)

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Oh João Batista, enviado de Jesus, guiai vossos filhos a caminho da luz,

Se vires um filho caído no chão, levanta, levanta são todos irmãos,

Que filhos de umbanda não ficam não chão!

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Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá (bis)

No tempo da escravidão, Nego velho muito trabalhou

Ele entrava na minha senzala e fazia trabalho pra meu Pai Xangô, ô ô,

Nego velho que veio da Costa, que veio do Congo, Luanda e Guiné

Nego velho de Nossa Senhora vem no terreiro olhar filhos de fé

Nego velho que gira na Angola, que gira no Jejo, Banto e Nagô,

Nego velho de Nossa Senhora, filho de Zambi, Ele é meu protetor,

Nego velho que aqui nesta terra muito sofreu, muito trabalhou,

Até que um dia lá na Aruanda, Nossa Senhora o abençoou, ô ô.

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Santo Antônio de Pemba caminhou sete anos,

A procura de um mano e foi até que encontrou (bis),

Caminhou, caminhou, oh quanto caminhou,

Santo Antônio de Pemba, oh quanto caminhou.

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Meu cachimbo está no toco mandei moleque buscar,

Por causa da derrubada cachimbo ficou por lá (bis)

Pai Malaquias está no terreiro, outro cachimbo ele não quer,

Com licença de Oxalá, sarava filhos de fé!

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Lá no cruzeiro das almas eu vi Pai Malaquias rezar (bis)

Numa mão levava o terço na outra o seu patuá.

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Eu pedi as almas e as almas me atenderam (bis)!

Foram às santas almas, lá do cruzeiro (bis)!

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Lá na mata tem sete folhas, tem rosário de Nossa Senhora,

Aroeira de São Benedito, São Benedito que nos vele nessa hora!

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A lua lá no céu brilhou e Iluminou os caminhos de umbanda (bis)

E na terra filho de fé aderiu e Preto velho ouviu,

Como é linda a Nossa Umbanda (bis)

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A lua lá no céu brilhou e a mata virgem estremeceu (bis)

Onde é que anda os mensageiros de Umbanda que até agora não apareceu

A lua lá no céu brilhou e a mata virgem estremeceu (bis)

Brilha Jesus em nossos corações de Umbanda

Que a nossa alma agora pertenceu (bis)

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Oh não me mexa na espada de Ogum,

Oh não me mexa na machada de Xangô,

Oh não me mexa nas flechas de Oxóssi

Que lá na mata é Rei, é caçador (bis)

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Eu andava perambulando sem ter nada pra comer,

Eu pedi as santas almas para vir me socorrer (bis)

Foi as almas que me ajudou, foi as almas que me ajudou,

Meu divino espirito santo, foi as almas que me ajudou.

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Jesus e Maria, São João e São José,

São Pedro abriu o céu para os filhos que tem fé,

Oh São Miguel Arcanjo, por Deus, que sois, quem és,

Rogai ao Nosso Pai pra aumentar a nossa fé!

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Pai João da mata com sua ternura, sentado no toco ele reza as criaturas (bis),

A estrela de Oxalá seu ponto iluminou,

Ele é Pai João da mata, é o nosso protetor (bis).

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Se não fossem as almas santas meu cruzeiro se queimava (bis),

Ah, ah, meu cruzeiro se queimava (bis)!

Pai João da Cruz vem da Costa da Bahia,

Trazendo no coração o rosário de Maria

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Tem pena dele Benedito, tenha dó,

Ele é filho de Zambi, Benedito tenha dó.

Tem pena dele Benedito, tenha dó

Ele é filho de Ogum, Benedito tenha dó.

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A sineta do céu bateu Oxalá já diz que é hora (bis)

Eu vou, eu vou, eu vou, fica com Deus e Nossa Senhora (bis)

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A benção vovô, Nego tarimbou (bis)

Zambi te trouxe, Zambi vai te levar (bis)

Agradeço a toalha divina, agradeço Meu Pai Oxalá (bis)

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Preto velho tá cansado de tanto trabalhar,

Preto velho tá cansado, de tanto curimbar (bis),

Canta ponto, risca pemba é a nossa caminhada,

Quem tem fé, tem tudo, quem não tem fé não tem nada (bis).

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Preto velho vai embora, vai subir para Aruanda,

Saravá Pai Oxalá, saravá povo da umbanda!

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Já vai preto velho subindo pro céu,

E Nossa Senhora cobrindo com véu.

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